48 horas em Sevilha: descubra o encanto da capital andaluza
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Resumo
Sevilha respira história, arte e tradição. Em dois dias, é possível absorver o melhor que a capital da Andaluzia oferece, sem pressas, mas com um roteiro pensado para quem quer conhecer o essencial e ainda sentir a alma da cidade. Um itinerário prático para aproveitar bem cada momento e descobrir o que faz de Sevilha um destino inesquecível.
Sevilha não é uma cidade para ser vista apenas — é um lugar para se viver, nem que seja por breves momentos. São poucas as cidades europeias onde o passado e o presente convivem tão de perto e com tanta naturalidade. As ruas estreitas, as praças banhadas a sol e as vozes que ecoam dos tablaos de flamenco desenham um cenário que vai muito além dos postais turísticos.
Para quem só dispõe de 48 horas, a tentação seria correr de monumento em monumento. Mas Sevilha merece mais do que pressas. Por isso, propomos um roteiro que alia a visita aos principais pontos de interesse à vivência do ambiente local — aquele que realmente transforma uma viagem numa experiência memorável.
1. Dia 1 — Entre a história e a tradição
Manhã: Começar como um sevilhano O dia começa num pequeno bar de bairro. Não há luxo, nem precisa. O típico pequeno-almoço sevilhano serve-se com torrada, azeite, tomate e, para quem quiser, presunto curado. Café e sumo de laranja natural completam a refeição. Não há pressa — é o momento de observar a cidade a acordar.
Logo a seguir, o centro histórico abre-se à descoberta. A Igreja do Divino Salvador é a primeira paragem. Para além da riqueza arquitetónica, o bilhete conjunto com a Catedral permite economizar tempo e dinheiro. Daí, segue-se para a imponente Catedral de Sevilha. É a maior catedral gótica do mundo, e subir à Torre da Giralda, pelas suas 34 rampas, oferece uma vista inigualável da cidade.
Tarde: Um almoço sem pressas e um palácio digno de reis O almoço, como manda a tradição espanhola, acontece tarde. As redondezas da Calle Mateos Gago escondem algumas pérolas gastronómicas, longe das armadilhas para turistas. Na Taberna La Goleta, um vinho de laranja com uma tapa simples abre o apetite antes de se seguir para o La Azotea, onde se reinventam sabores tradicionais.
À tarde, o Real Alcázar espera. Palácio real em funções, mistura séculos de história e diferentes estilos arquitetónicos. Não é exagero dizer que o tempo voa ao passear pelos jardins e pátios. Comprar bilhete antecipado é mais do que um conselho — é uma necessidade para evitar as filas.
Noite: Pôr-do-sol e o flamenco na sua essência Quando a luz dourada da Andaluzia começa a cair, o lugar ideal é o topo das Setas, na Plaza de la Encarnación. O monumento causou polémica, mas hoje é um dos pontos mais icónicos da cidade. As passarelas permitem ver Sevilha de ângulos inesperados.
Para fechar o dia, um espetáculo de flamenco. A Casa del Flamenco, em Santa Cruz, mantém a tradição viva, longe dos números comerciais para turistas. Depois, uma rota de tapas por bares clássicos como Las Teresas ou Maestro Marcelino dá o tom final ao primeiro dia.
2. Dia 2 — Viver a cidade ao ritmo local
Manhã: Da majestade da Plaza de España à serenidade do rio O segundo dia começa na grandiosa Plaza de España. A monumentalidade do espaço impressiona, mas o verdadeiro encanto está nos detalhes — os azulejos, os canais, as pontes. Uma visita à antiga Fábrica Real de Tabacos, com paragem na Puerta del Jerez para um café ao ar livre, prolonga o prazer da manhã.
Seguindo a margem leste do Guadalquivir, percebe-se como Sevilha vive de frente para o rio. O passeio leva a um dos melhores postais da cidade: a vista para o colorido bairro de Triana.
Tarde: Mercado, tapas e arte O Mercado de la Feria, a norte do centro, é um convite ao convívio. Entre bancas de produtos frescos e pequenos bares, há sempre uma boa surpresa gastronómica. A Alameda de Hércules, logo ao lado, mistura história e modernidade, sendo o sítio certo para um copo após o almoço.
A tarde pede uma dose de cultura. O Museu de Belas Artes guarda verdadeiras obras-primas da pintura espanhola. O edifício é uma jóia do século XVII e a visita é um mergulho na história da arte. Antes do cair da noite, uma paragem na Confeitaria La Campana garante um doce típico para um merecido lanche.
Noite: Triana, onde a alma da cidade se revela Atravessar a Ponte Isabel II é quase como mudar de mundo. Triana mantém uma identidade própria, vibrante e autêntica. As tapas continuam a ser o melhor jantar, e locais como Las Golondrinas ou Casa Remesal não desiludem. O passeio pela Calle Betis, junto ao rio, encerra com chave de ouro estas 48 horas.
Conclusão
Sevilha não se resume a monumentos ou roteiros fechados. É uma cidade para sentir, para saborear, para viver ao ritmo das suas gentes. Em dois dias, é possível mergulhar neste ambiente único, equilibrando a descoberta dos grandes ícones com momentos de pura contemplação. E é essa mistura — entre o admirar e o viver — que transforma uma escapadinha em Sevilha numa experiência para recordar.
Foto: Freepik
Colaboração de Buzouro
Publicado há 1 mês | Atualizado há 3 dias
Buzouro promove um estilo de vida equilibrado, sustentável e positivo através de práticas diárias que contribuem para o bem-estar individual e coletivo.
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